Inaugurado em 23 de Outubro de 2004, o museu Afro Brasil nasceu por iniciativa de Emanoel Araújo, artista plástico baiano, ex-curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo e atual curador do museu.Sua ideia era viabilizar a criação de uma instituição voltada ao estudo das contribuições africanas à cultura nacional.
A ideia deste novo museu brasileiro, resultado de mais de duas décadas de pesquisas e exposições exibindo como negro quem negro foi e quem negro é o Brasil, de séculos passados até os dias atuais.
Em uma das pontas da marquise do Parque Ibirapuera, um prédio de linhas arrojadas e inconfundíveis, traçadas por Oscar Niemeyer,o Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, originalmente denominado Palácio das Nações, encontra-se uma rica história do negro no Brasil e no mundo.
Criar e consolidar um museu que possa registrar, preservar e argumentar a partir do olhar e da experiência do negro a formação da identidade brasileira foi e ainda é o desafio de uma equipe de consultores, especialistas em museologia, história, antropologia, artes e educação, diante de uma coleção inicial de 1100 obras, doadas por Emanoel Araújo, que não parou de crescer. Atualmente o museu abriga aproximadamente 4000 obras entre pinturas, esculturas, gravuras, de artista brasileiros e estrangeiros, além de fotografias, livros, vídeos e documentos, para delinear um fio condutor deste ambicoso projeto, já com algumas premissas definidas, mas ainda com muito a se trabalhar para torná-lo uma realidade consolidada.
Encontra-se no museu :
-Exposição de longa duração: pinturas,esculturas,gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o seculo XV e os dias de hoje, o acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africanos e afro-brasileiros.Atualmente esta divido em seis núcleos: África:Diversidade e Permanência, Trabalho e Escravidão, As Religiões Afro-Brasileiras, O Sagrado e o Profano, História e Memória e Artes Plásticas:a Mão Afro-Brasileira.
-Exposições temporárias e itinereantes.
No espaço também temos:
-Inaugurado em 2005 a Biblioteca Carolina Maria de Jesus, cujo nome homenageia a escritora de mesmo nome, possui cerca de 6800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos.
O acesso às estantes é livre.A consulta é local , pois não há sistema de empréstimos.
-Theatro Ruth de Souza, o nome é uma homenagem a atriz, que podemos descrever com as palavras de Artur Távola , ao jornal O globo: "...não é apenas uma atriz negra batalhadora, é uma grande atriz, matéria bem mais complexa...".
-Loja do Museu, oferece grande variedade de itens de temática africana, fornecido por vários artistas e artesãos.
-Visitas monitoradas podem ser agendadas.
Entre as obras do acervo , apresento : A Máscara de Egbo Ekoi.
A máscara de Egbo Ekoi , foi produzida por Dornicke em 2008, feita em madeira, fibra natural e pele de antílope. Foi usada para regulamentação e controle da ordem social.
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Máscara de Egbo Ekoi, Dornicke, 2008, madeira,fibra natural e pele de antilope, 475X640 |
Localização:
Rua Pedro Álvares Cabral, s/n° - Pavilhão Manoel da Nóbrega
Parque do Ibirapuera, Portão 10
Horário de funcionamento:das 10h às 17h(o museu não abre às segundas-feiras)
Telefones:5579-8542/5579-7716/5579-6399
Site:www.museuafrobrasil.com.br
Bibliografia: